Por Murilo Medeiros
Em diferentes mídias, a série de
televisão e a coleção de livros A Game of
Thrones, do escritor inglês George Martin, foi difundida e ganhou o carinho
das pessoas apaixonadas por uma boa história. Hoje, o quinto e último livro publicado no Brasil da
série está na lista de livros mais vendidos da revista Veja
por cinco semanas (não consecutivas) na categoria Ficção. O primeiro livro perdurou na primeira posição,
da mesma categoria, por diversos dias e está na lista há sessenta e seis
semanas.
O
motivo de tanto sucesso? Os personagens e o enredo “martiavélico” imposto pelo
autor. Martin consegue construir uma história que, talvez pelo tamanho do livro
e o detalhamento dos fatos, prende o leitor de uma forma que os personagens da
trama tornam-se quase que personagens reais. Tais personagens são tão complexos
e nada lineares que, à medida que o livro transcorre, absolutamente nada sobre
o enredo pode ser adivinhado. São personagens de sentimentos adversos, ardileza
incontestável e psicológico altamente difundido. E o que Martin faz com eles?
Os mata.
O envolvimento da história com o leitor é tão grande que quando nossos personagens favoritos padecem, parte da história também se vai. E o mais incrível de tudo é que a morte de tais personagens podem desencadear uma série de outros conflitos tão ou mais interessantes que, num passar de páginas, a morte transforma-se em vida.
O envolvimento da história com o leitor é tão grande que quando nossos personagens favoritos padecem, parte da história também se vai. E o mais incrível de tudo é que a morte de tais personagens podem desencadear uma série de outros conflitos tão ou mais interessantes que, num passar de páginas, a morte transforma-se em vida.
Os
capítulos da história são separados por personagens principais. Cada capítulo
mostra um pouco da visão de cada um desses personagens. Ao mesmo tempo que
odiamos alguém num desses capítulos, no outro estamos rindo de suas piadas, absortos
com suas relações lascivas envolventes ou pasmados com suas atitudes.
Crueldade, uma realidade bem difundida da Idade Média, período de inspiração à
trama, contrasta com um mundo inventado, uma terra chamada Westeros. Lá, idas e vindas da ambição, do orgulho, da dor e da
glória fazem a luta pelo poder parecer um verdadeiro massacre em massa.
Enganam-se
os que tiram uma conclusão precipitada da obra ou a comparam como O Senhor dos
Anéis do século XXI. Totalmente diferente da fantasia de Tolkien e inacessível
a qualquer suposição humana, A Game of
Thrones faz de um estilo interessante, de uma história inteligente e longa,
mas nem por isso enfada, de um enredo fantástico e de personagens atraentes em
todos os sentidos, um verdadeiro best seller
mundial.
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