quinta-feira, 8 de novembro de 2012

O protecionismo do mercado Brasileiro com a crescente Volatilidade do capital internacional


           Até quando o mercado brasileiro conseguirá tornar possível o crescimento da economia nacional sem que a crescente oscilação financeira mundial, o afete por completo? Ou melhor; A atuação regulatória dos agentes econômicos macronacionais utilizando a redução da taxa real de juros, como medidas compensatórias de estimulo a economia, consegue driblar a valorização cambial da moeda corrente (Dólar)? Essas duas questões, foram bases de entrevistas que pude assistir com os economistas: Delfim Netto, Paul Krugman, Paul Singer. Na qual, serviram de base para o desenvolvimento do raciocínio com método dialético, que será descrito nas linhas subsequentes.
A tese, que na qual o título antecipa: “O protecionismo do mercado Brasileiro com a crescente Volatilidade do capital internacional”, é desenvolvido com base nos últimos desdobramentos em que a autoridade monetária nacional (BACEN) por meio do COPOM, vem reforçando através de cortes da taxa SELIC, buscando um aquecimento entre oferta e aumento adequado na demanda agregada. O objetivo é alocar a propensão marginal a consumir (PMC), do brasileiro, para supressão dessa nova oferta reduzida de juros, e, ainda, com a baixa recompensa gerada pelo investimento da poupança (poupança = excedente da renda/consumo).  O Brasil troca a capitalização forçada da época do arroxo salarial, (um dos responsáveis pelo milagre econômico), por uma redistribuição da renda nacional buscando a liquidez do mercado. Outro produto desta tese de protecionismo de mercado é a, insuficiência mostrada já há algum tempo, por parte dos investimentos do mercado futuro; que, na realidade, nos últimos anos, desde a crise em 2008, vem acompanhando com movimento parecido com as bolsas europeias, fazendo com que a especulação ganhe força por parte de investimentos estrangeiros diretos.
Para a antítese, as duas perguntas do paragrafo introdutório se encarregam de enunciar: Até quando o mercado brasileiro conseguirá tornar possível o crescimento da economia nacional sem que a crescente oscilação financeira mundial, o afete por completo? Ou melhor; A atuação regulatória dos agentes econômicos macronacionais utilizando a redução da taxa real de juros, como medidas compensatórias de estimulo a economia, consegue driblar a valorização cambial da moeda corrente (Dólar)? Como resultado dessas duas questões, geramos a síntese, ou, uma nova tese. Primeiro, que a oscilação financeira gerada pela incerteza da formação que compõe a União Europeia, possui um caráter muito mais político, que busca uma recomposição da organização; como resultado, afeta esfera econômica. Ou seja, crise clássica; aquela de superprodução, não faz parte dessa crise que também possui a desaceleração de alguns mercados, fazendo com que o desemprego gerado pela falta de demanda efetiva venha à tona. Outro fator é inserção de novas classes de investidores, que emergiram nos últimos decênios.  Esses novos investidores procuram alocar seus excedentes um pouco menos no consumo e almejam recompensas no mercado financeiro através do capital a juros.
O Brasil ainda está um pouco longe de visualizar sua economia deslocar seu excedente de um consumo fraco e de preferencia para investimentos. Como prova, mesmo com a pressão externa, existe uma projeção por parte da autoridade monetária de crescimento industrial, aliada a uma redução da inflação no ano de 2013. Com as reservas cambiais fortalecidas, e uma expectativa do aumento dos salários reais decorrentes da escassa mão-de-obra especializada que esta ainda se formando, a preocupação se desloca para o assunto desgastado da economia política nacional: Oferta de empregos tecnológicos, mas com falta de demanda, que passa a ocupar o desemprego estrutural.

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